segunda-feira, 22 de agosto de 2011

AMIZADE


Estava comversando e me perguntaram o que eu gosto de fazer quando estou com alguém, e respondi não sei. Eu não estava fugindo do assunto mas acho que cada pessoa nos permite ser de maneiras diferentes. Tenho amigos que são engraçados, sérios, carinhosos e com cada um sou da melhor forma que posso ser para tornar nossa amizade melhor, não é questão de ser você mesmo ou não, mas sim de saber o que eu posso fazer para ter um ótimo momento com o meu amigo. Acabei chegando a conclusão que não sou constantemente a mesma pessoa, sou várias em uma só, e elas vão surgindo conforme o momento e as possibilidades são apresentadas.

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O PRAZER DE LER




Bem, ando fugindo um pouco ao proposito desse blog, que é o artesanato, mas no momento estou voltada para a literatura. Minha nova aquisição foi Feliz por nada da Martha Medeiros, e estou gostando muito, confesso que no inicio só comprei por ser Martha Medeiros, colunista e escritora premiada, logo me senti bem, integrada com o mundo literário, mas porque falo isso? Lembro de uma aula que tive na faculdade onde a professora falava que ler best sellers atrofiava o cérebro, isso é leitura de fantasia, sem grandes significados ou aprendizado, lembro que na hora não falei nada, mas não concordei nem um pouco com ela porque quando estou lendo eu quero sim fantasiar, quero sonhar e viver aquele livro, aquele momento que estou vivendo, quando leio sou só eu e o o livro, a história toma conta de mim, faz parte da minha vida, fico alegre e triste conforme avanço na leitura, o mundo a minha volta fica pequeno e sem sentido, e é isso que eu quero sentir toda vez que estiver lendo, quero sentir a vida que o autor colocou naquele livro, sua dedicação ao me contar uma história, seja ficção, romance, biografia, etc. Confesso que ainda me acho uma completa ignorante na literatura, totalmente despreparada, não li os chamados GRANDES AUTORES ou os GRANDES CLÁSSICOS DA HISTÓRIA, os poucos que li foi por obrigação na escola, e não lembro de nenhum deles, todos se perderam na minha memória. Completei 30 anos em julho e já li mais livros neste ultimo ano do que em 29 anos. O primeiro livro que li e que guardo na minha memória e no meu coração foi Lúcia já vou indo de Maria Heloisa Penteado, nossa quanta saudade eu tenho dessa época.... não lembro em que série estava, qual foi a professora na época, mas lembro desse livro com tanto carinho.... enfim, sou defensora da leitura pelo prazer, mesmo que a sua leitura seja didática ou profissional ela deve ser feita com prazer e entusiasmos se não, não valerá a pena, com certeza a informação será perdida e nenhum conhecimento será produzido, e o pior que prazer pode ser encontrado na obrigação?

sexta-feira, 12 de agosto de 2011

SAUDADE

Estou aqui trabalhando e pensando na vida, pensando em como as coisas geralmente não são da forma que ficamos imaginando, perdemos tanto tempo imaginando o que poderíamos fazer, o que ira acontecer se fizermos determinada ação, que acabamos passando mais tempo imaginando do que realmente realizando alguma coisa que nos deixe feliz. Ficamos mais tempo parados na imaginação do futuro do que realmente vivendo o presente, isso sem falar do tempo que passamos visitando o passado e enchendo a nossa vida de "e se", e se eu tivesse feito diferente? e se aquele garoto que gostava... e se...., eu particularmente tenho tanto medo do futuro e acabo me perdendo no presente para tentar fazer do futuro um lugar melhor, faz algum sentido? Para mim não faz nenhum. Minha vida é regida pela impulsividade, faço a maioria das coisas sem pensar, de algumas eu me arrependo, de outras lembro até com saudade e acabo andando pela rua rindo de alguma coisa que aconteceu a tanto tempo e em situações tão diferentes que até parece que era outro mundo e outra vida, se alguém ler isso aqui vai achar que eu sou um senhora por falar de tempo e vida, mas a nossa existência é feita de várias vidas, uma dentro da outra e todas montando o quebra-cabeça do que realmente nós somos, são as experiências que vivemos, são nossas atitudes que tomamos perante os percalços da vida que moldam o nosso ser. Comecei escrevendo isso pensando em uma pessoa que conheci, e em um texto antigo, pelo menos eu acho que é, que fala o seguinte:

ACASO

"Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, pois cada pessoa é única
e nenhuma substitui outra.
Cada um que passa em nossa vida,
passa sozinho, mas não vai só
nem nos deixa sós.
Leva um pouco de nós mesmos,
deixa um pouco de si mesmo.
Há os que levam muito,
mas há os que não levam nada.
Essa é a maior responsabilidade de nossa vida,
e a prova de que duas almas
não se encontram ao acaso. "

(Antoine de Saint-Exupéry)

E meu Deus como isso é verdade! Isso se traduz naquilo que chamamos de saudade, aquela coisinha incomoda que fica dentro da gente para nos fazer lembrar sempre do que geralmente queremos esquecer ou pelo menos lembrar com menos frequência. Saudade as vezes de um pedaço da vida que já passou, quando estávamos preocupado em imaginar o futuro e que passou tão derrepente que não deu nem tempo de dizer tchau. A quem não goste de despedidas, mas eu gosto, é o momento que temos para falar tudo o que não foi dito e para se viver e fazer tudo o que não pode ser feito. Sou defensora de que todos deveriam ter direito a se despedir de tudo, dos brinquedos da infâncias e poder brincar com eles pela última vez; se despedir de um professor querido, eu tive alguns muito queridos e nunca falei o quanto foram importantes para mim; amigos de infância, o primeiro amor.... lembro dele até hoje, mas também não pude dizer tchau, poder olhar para trás e não pensar em arrependimentos e nem no que poderia fazer e não fez, viver um presente pleno sem precisar visitar o passado constantemente ou perde-lo imaginando o futuro.